Meu Blog transformou escrever um hábito saboroso...eu sei que ultimamente tenho produzido bem pouco...é a falta de tempo e às vezes, de inspiração também. Mas, arrumar coisas legais etc, enfim interagir por este espaço tem se transformado numa tarefa agradável e de todo modo, vou aqui mostrando um pouco do meu jeito de ser e pensar. Não posto imagens de crianças, considero abusiva a exposição infantil por qualquer adulto, lembrando que elas não tem poder de consentimento para serem expostas. Continuo insistindo em selecionar o que for de meu agrado, mas espero que também seja do gosto de quem lê, acompanha o meu Bloguinho. Através do tempo, continuo sintetizando-me assim: insisto em praticar a fidelidade como princípio de vida; não sou doce, não sou submissa do mundo, sou dócil para quem eu amar e me amar também: o que acontece sem uma correspondência total e bionívoca não me atrai...prefiro emoções à matéria; não sou adepta de parcerias de coleiras, não estou em gôndolas, sou extremista e radical nas idéias; não sou deslumbrada nem deliro com impossibilidades, o que tenho me basta e me situa. Acredito no amor, sei que é o melhor presente da vida, por isso respeito quem eu amar, o amor que dou e o que recebo: para mim, submissão é sinônimo de amor sempre. Não invento alegrias falsas, sou naturalmente alegre e simples no meu jeito de viver. Neste mundo, dou-me o direito de curtir a quebradeira de um funk bom e não fico parada no batuque do samba. Uma das coisas que mais me incomoda é a falta de compromisso com tudo na vida, que muitas vezes se encontra por ai. Enfim, eis me aqui, sou assim: eu VIVO!


21 de ago. de 2009

O QUE NÃO SOMOS -AQUELE LUGAR (TRECHO DE UMA POESIA ÁRABE)

A dor que atraímos transforma-se em alegria...
Vem, tristeza, aos nossos braços
Somos nós o elixir dos sofrimentos
Bicho da seda, come as folhas e faz seu casulo
Não possuímos a folhagem dessa terra
Somos nós o casulo do amor
Apenas somos, quando em nada nos tornamos
É quando perdemos nossas pernas,
que nos tornamos corredores
Calo minha boca, tirei o resto do poema,
de boca fechada
Dentro deste mundo há outro mundo
Impermeável às palavras...
Nele nem a vida teme a morte,
nem a primavera dá lugar ao outono
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes
Até mesmo as rochas e árvores exalam poesia
Aqui a coruja transforma-se em pavão
Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes
E se queres passear por esses lugares,
basta expressar o desejo
Fixa o olhar num deserto de espinhos
Já é agora um jardim florido
Vês aquele bloco de pedra no chão?
Já se move, e dele surge a mina de rubis
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar
Que aqui te prepara um fausto banquete
Aqui todo ser gera um anjo
Mas quem há de ter visto o nascimento do paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios
Mas quem há de ter visto o nascer
de uma única gota d'água...?
Quem haveria de imaginar essa morada?
Esse céu? Esse jardim do paraíso?
Tu, que ouves este poema, traduzi-o
Diz a todos o que aprendeste sobre este lugar...