Somos nós o elixir dos sofrimentos
Bicho da seda, come as folhas e faz seu casulo
Não possuímos a folhagem dessa terra
Somos nós o casulo do amor
Apenas somos, quando em nada nos tornamos
É quando perdemos nossas pernas,
Calo minha boca, tirei o resto do poema,
Dentro deste mundo há outro mundo
Nele nem a vida teme a morte,
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes
Até mesmo as rochas e árvores exalam poesia
Aqui a coruja transforma-se em pavão
Para mudar a paisagem, basta mudar o que sentes
E se queres passear por esses lugares,
Fixa o olhar num deserto de espinhos
Já é agora um jardim florido
Vês aquele bloco de pedra no chão?
Já se move, e dele surge a mina de rubis
Lava tuas mãos e teu rosto nas águas deste lugar
Que aqui te prepara um fausto banquete
Aqui todo ser gera um anjo
Mas quem há de ter visto o nascimento do paraíso?
Viste também as águas dos mares e rios
Mas quem há de ter visto o nascer
de uma única gota d'água...?
Quem haveria de imaginar essa morada?
Esse céu? Esse jardim do paraíso?
Tu, que ouves este poema, traduzi-o
Diz a todos o que aprendeste sobre este lugar...