E se no caminho houver espinhos, devo ferir-me?
E se o ferimento for de morte?
A flor deve morrer?
Mas eu amo a vida racional, inteligente e qualitativa!
Tenho o cheiro das manhãs,
sinto o sabor das tardes de verão,
o gosto do mar, meu corpo se revira, como o vento!
Ah, mas...flor sem dor?
Espinho que não machuca?
Como devo me expressar,
em que idioma devo justificar minha escolha perene?
Porque o laranja é visto como se azul fosse?
É irracional ser flor? É irracional o amor?
Porque? Porque? Porque?
Ah, prefiro ser flor, prefiro sem dor, prefiro amor!