Meu Blog transformou escrever um hábito saboroso...eu sei que ultimamente tenho produzido bem pouco...é a falta de tempo e às vezes, de inspiração também. Mas, arrumar coisas legais etc, enfim interagir por este espaço tem se transformado numa tarefa agradável e de todo modo, vou aqui mostrando um pouco do meu jeito de ser e pensar. Não posto imagens de crianças, considero abusiva a exposição infantil por qualquer adulto, lembrando que elas não tem poder de consentimento para serem expostas. Continuo insistindo em selecionar o que for de meu agrado, mas espero que também seja do gosto de quem lê, acompanha o meu Bloguinho. Através do tempo, continuo sintetizando-me assim: insisto em praticar a fidelidade como princípio de vida; não sou doce, não sou submissa do mundo, sou dócil para quem eu amar e me amar também: o que acontece sem uma correspondência total e bionívoca não me atrai...prefiro emoções à matéria; não sou adepta de parcerias de coleiras, não estou em gôndolas, sou extremista e radical nas idéias; não sou deslumbrada nem deliro com impossibilidades, o que tenho me basta e me situa. Acredito no amor, sei que é o melhor presente da vida, por isso respeito quem eu amar, o amor que dou e o que recebo: para mim, submissão é sinônimo de amor sempre. Não invento alegrias falsas, sou naturalmente alegre e simples no meu jeito de viver. Neste mundo, dou-me o direito de curtir a quebradeira de um funk bom e não fico parada no batuque do samba. Uma das coisas que mais me incomoda é a falta de compromisso com tudo na vida, que muitas vezes se encontra por ai. Enfim, eis me aqui, sou assim: eu VIVO!


20 de fev. de 2011

A U T O R A M A



Quem pilota pequenos carros elétricos de corrida, que correm numa pista, guiados por uma fenda, nem desconfia que está brincando com uma invenção que tem mais de cem anos de história para contar.



Essa história começa na década de 30, durante a fase inicial da indústria automobilística, na Inglaterra, quando foram fabricados em escala, alguns tipos de carrinhos, movidos a Diesel e esses brinquedos, eram à época considerados de alta tecnologia, acessíveis para poucos, ainda que não fossem manobráveis...as corridas acabavam quando terminava o combustível das miniaturas.


Nos Estados Unidos, os precursores dos slot cars, foram os rail cars, fabricados entre 1910 e 1920, na mesma ocasião do inicio da produção seriada de automóveis.




Em 1908, na Alemanha, que já era conhecida fabricante de trens elétricos na escala O, testou-se um carro elétrico, que andava nos trilhos dos trens, sem que os pneus tocassem o solo e construíram uma pista para o mesmo.



Por causa disso, existem dúvidas sobre qual foi o primeiro fabricante dos rail cars, se a Marklin Bros, da Alemanha ou a Lionel Manufacturing, dos Estados Unidos.



O que se sabe é que em 1912, a Lionel desenvolveu e comercializou os primeiros automodelos de trilhos (com semelhança aos fabricados hoje) e com um sistema muito parecido com o da Marklin: os carrinhos eram em escala 1/24, com tração dianteira e réplicas do Stutz Beacat, carro de corrida bastante conhecido à época.



Nos anos 40, surgiu a genial idéia de se formar circuitos com "fendas" no chão, às quais os "carrinhos diesel" seriam preso através de um pino guia com duas bolinhas: a experiência foi um sucesso enorme durante os 15 anos seguintes, e começaram a ser realizadas corridas com os carrinhos "lado a lado", numa pista com curvas e retas. Estava resolvido o problema do percurso...Mas a questão do controle permanecia não resolvida...



Em 1957, foram lançados os primeiros Autoramas, como conhecemos hoje, pelas empresas americanas Minimodels e Victory Industrials; agora com os controles, era possível acelerar e parar os carrinhos, quando o "piloto" bem entendesse. Estava criado o Autorama moderno.



Define-se autorama ou slot car (como é conhecido nos EUA), como sendo um carro em escala 1/24 ou 1/32, que anda em uma pista de madeira, geralmente com 48m de comprimento, ou como foi mais conhecido no Brasil, com peças de encaixar de plástico.


Os carros andam através de uma guia, em uma fenda que possui duas cordoalhas e alimentadas com 13.8 volts de corrente contínua (baterias); possuem chassis em aço, carroceria em lexan ou acetato, pneus de borracha; coroa e pinhão em aço e nylon, motor elétrico de 13.8 volts (corrente contínua), de escovas (carvões) e imãs permanentes.



Carros movidos a eletricidade, conseguiram uma grande popularidade no final dos anos 50, principalmente através de esforços da revista Britânica Model Maker, onde vários experimentos foram divulgados: as pistas eram relativamente fáceis de serem construídas e o “hobby” lentamente ganhou novos seguidores.


Porém, havia ainda alguns inconvenientes na forma em que a energia elétrica era fornecida para os carros: através de trilhos levantados acima da pista, que causavam choques constantes, principalmente nas crianças.



Um método foi desenvolvido (não pela primeira vez!) que consistia em usar as mesmas fendas usadas nas pistas diesel, para que o contato elétrico ficasse completo, apenas quando o carrinho as tocasse, fechando o circuito elétrico de uma forma bem mais segura.


Esse aprimoramento foi adotado pela produção comercial de modelos de carros de corrida da Minimodels (Scalextric) e Victory Industrias (VIP Model Roadways) sendo que ambos chegaram as lojas em 1957.


Em poucos anos, todos os praticantes de carros elétricos de trilhos aderiram aos carros elétricos de fenda, e, com as vantagens descobertas, um novo “hobby” nascia, causando frisson entre os adeptos e muito barulho no ar.



O esporte tornou-se tão popular nos Estados Unidos, que um levantamento feito em 1968, concluiu que existiam no país mais pistas de Slot Car do que de boliche, em atividade naquele ano.


Estes "carrinhos" nos seus modelos mais sofisticados chegam a correr 160 quilômetros por hora e conduzi-los requer muito reflexo, pois em uma pista oficial, com traçado Blue king, de 48 metros, o recorde mundial de tomada de tempo, (dar uma volta completa no circuito) informatizado, é de 1.590 segundos.


O autorama é o segundo esporte em reflexo no mundo, perdendo apenas para a esgrima.

Nas corridas, quem ganha é quem der mais voltas, (com tempo determinado), revezando nas 8 fendas que as pistas tem, identificadas por cores que acompanham a cordoalha: os pegas são eletrizantes!

 Em 1961, alguns comandantes da Varig trouxeram a novidade para o Brasil, em Porto Alegre. Na mesma época em São Paulo, um grupo de senhores (todos curiosamente do signo de escorpião), começou a se interessar também pelo esporte e fundou a primeira escuderia, a "SCORPIUS" que treinava e competia numa pista montada num quintal do Brás: a pista foi feita com martelos e talhadeiras, os carrinhos eram preparados por eles mesmos.

Em 1963, a loja Mobral Modelismo de São Paulo, começou a importar equipamentos e carrinhos de autorama; no ano seguinte a Estrela lançava seu primeiro autorama, no festival realizado no DEFE, no qual Emerson Fittipaldi tiraria o terceiro lugar.



Alguns antigos adeptos do automodelismo, entusiasmados com a oportunidade, passaram a dedicar-se de corpo e alma ao novo ESPORTE-MODELISMO e assim, começaram a surgir casas especializadas.


Surgiram algumas pistas de competição amadoras, subseqüentemente algumas profissionais, iniciando-se assim um movimento espontâneo de retorno às origens do automodelismo de fenda.
 Com isso pais e filhos, passaram a dedicar-se juntamente com amadores e profissionais, no desenvolvimento desse esporte: o automodelismo, como todas as outras formas de hobbies, exige a função catalisadora de co-participação e desenvolvimento socio-cultural de seus participantes, tendo importância significativa na formação do caráter e da personalidade de quem pratica.