Longe, bem longe de tudo o que pode significar "problema", "entojo", "doideira", estou cuidando (e bem) do corpo e do espírito.
Tenho o sol, a cadeira, a brisa, a piscina térmica, o cheiro intenso das flores, a companhia de quem me ama e um livro inteiro em branco de novo, pra colorir do meu jeitinho.
Sangue do bom, indígena, sei que corre nas minhas veias, tenho o maior orgulho de ser assim como sou: uma pessoa persistente, coerente, que pensa, que ama, que fala, que reflete, enfim, sou uma pessoa simples, sem apego a materialidade, que rejeita a falsa humildade, mas que é humilde na essência: detesto exaltações de ego, vãs filosofia de filósofos do alheio que pretendem submeter o mundo, porém que não conseguem olhar com clareza sua própria vida...é que é bem mais fácil mesmo julgar o próximo como a si mesmo
Dentro de mim, mora uma alma simplesinha e morena, mas livre e imortal, igual a montanha...
A minha alma vai e vem...quando meu corpo partir, sei que ela vai retornar, assim está escrito no grande livro da vida, do meu povo ancestral.
Nós vivemos cada dia, de acordo com a natureza: no céu aberto, saboreamos o sol, com parcimônia, sorrimos a alegria autêntica de estar vivo...em céu plúmbeo, nos recolhemos para meditar, ensimesmar, confabular com os pensamentos...
Gosto da vida, do que ela me trás: dia se ganha e outro, se ganha mais, até perdendo, tudo depende das escolhas que faço...
Gostoso estar aqui, assim... relaxada, nada para fazer, nada para decidir ou pensar, ou melhor, eu penso sim...que a vida devia proporcionar várias férias ao ano, rs...
