Que coisa mais jurássica, esse julgamento cruel... como se nós, povo brasileiro, não tivéssemos origem negra, como se preferir esta ou aquela música fosse atestado de marginalidade, como se quem gosta desse tipo de ritmo, fosse criminoso serial!
Inadmissível isso em quaisquer circunstâncias, principalmente no contexto mundial da globalização, porque ao que se sabe, música é universal, transcende as barreiras de idiomas e de classes sociais. Música é como religião, cada indivíduo escolhe aquela que mais conteúdo tem, que se assemelha a sua crença, reza e deixa que os outros rezem também.
Considero que existem pessoas boas e pessoas más, em todos os ambientes do mundo, não é a escolha de um ritmo musical que dita a sua conduta, o seu caráter, a sua sociabilidade.
Eu gosto de pagode, adoro hip hope, amo funk e samba... me desculpem os incomodados (que se mudem), mas não me sinto criminosa por isso, nem encontro pontos de desvios de meu caráter, isso é uma lenda preconceituosa e descabida, própria de seres que acreditam na democracia, desde que o outro siga as regras estabelecidas por eles.
Ah, só para constar, curto baladas do rock internacional, adoro o rock nacional, gosto de tango, bolero, salsa, merenge, música popular brasileira, música alternativa, evangélica, católica, passo doble, e até valsa, sem preconceitos no ouvido, ou no corpo, quando ouço, canto ou danço.
Provas de mau-caratismo estão esparramadas por aí, em todo canto e não têm nada a ver com música!