Bom dia, Blogmeu.
Você, ao longo do tempo, guarda meus registros de dores e de alegrias. Sei que está faltando poesia nos meus dias e dentro de mim, para enfeitar aqui...de fato, não ando muito propensa nem inspirada a poetar, nesses últimos dias.
Por estes tempos, perdi um ser que era muito importante para mim: alguém que eu amava sem culpas, amava porque não tinha como não amar, porque essa pessoa foi quem primeiro me chamou à razão, para que eu acordasse e me deixasse envolver pelo amor.
Apesar do tamanho, era imensamente grande, amplo, repleto de generosidade, não cabia em si de tanto se doar para outras pessoas. Acho que por isso se foi, partiu...tem horas que penso que eu, sua tutelada ad eternum, não soube ajudar a prendê-lo na terra, então ele se foi sem adeus.
A vida é tão rápida, tão resumida e ele era bem maior que esse pequeno tempo.
Essa criatura era com certeza divina, por mais que eu busque na memória, não me recordo de um minuto sequer, em que ela se apresentasse amargurada, triste ou decepcionada com o que quer que fosse.
Eu, em meu ainda aprendizado da vida, era discípula atenta e muitas vezes, ainda que debatesse uma tese sua (jamais me abstive de ser teimosa e persistente), acabava por reconhecer que o ensinamento dessa pessoa, era o que real acontecia.
Enfim, perdi essa fonte generosa e gratuita de sabedoria...foi quem estabeleceu para mim os elos do sagrado matrimônio e desde então viramos todos seus protegidos, construindo com ela, mais que uma bela amizade, era nosso confessor, nosso "guru", nossa inesquecível saudade. Se somos, como somos, se há algo de sensato e prudente em nossas ações, em nossa conduta, isso é fruto da lapidação dele.
Por isso, estou sem inspiração, voltada para mim mesma, buscando reaprender a caminhar, porque apesar da perda, sei que onde quer que esteja, estará nos inspirando a buscar novos rumos.
