Meu Blog transformou escrever um hábito saboroso...eu sei que ultimamente tenho produzido bem pouco...é a falta de tempo e às vezes, de inspiração também. Mas, arrumar coisas legais etc, enfim interagir por este espaço tem se transformado numa tarefa agradável e de todo modo, vou aqui mostrando um pouco do meu jeito de ser e pensar. Não posto imagens de crianças, considero abusiva a exposição infantil por qualquer adulto, lembrando que elas não tem poder de consentimento para serem expostas. Continuo insistindo em selecionar o que for de meu agrado, mas espero que também seja do gosto de quem lê, acompanha o meu Bloguinho. Através do tempo, continuo sintetizando-me assim: insisto em praticar a fidelidade como princípio de vida; não sou doce, não sou submissa do mundo, sou dócil para quem eu amar e me amar também: o que acontece sem uma correspondência total e bionívoca não me atrai...prefiro emoções à matéria; não sou adepta de parcerias de coleiras, não estou em gôndolas, sou extremista e radical nas idéias; não sou deslumbrada nem deliro com impossibilidades, o que tenho me basta e me situa. Acredito no amor, sei que é o melhor presente da vida, por isso respeito quem eu amar, o amor que dou e o que recebo: para mim, submissão é sinônimo de amor sempre. Não invento alegrias falsas, sou naturalmente alegre e simples no meu jeito de viver. Neste mundo, dou-me o direito de curtir a quebradeira de um funk bom e não fico parada no batuque do samba. Uma das coisas que mais me incomoda é a falta de compromisso com tudo na vida, que muitas vezes se encontra por ai. Enfim, eis me aqui, sou assim: eu VIVO!


19 de set. de 2010

A DEMOCRACIA



A época que vivemos no país, atualmente, é chamada de "respiro da democracia", isto é, o período pré-eleitoral de uma das maiores eleições nacionais, segundo entendidos do assunto.

Eu, na verdade, sempre aprendi que política é "coisa séria", mas o que se vê hoje por aí, de sério tem muito pouco, de onde se conclui que, ou o povo, em sua grande maioria está alheio ao processo eletivo (por descrédito, por marasmo, por desconfiança, etc) ou cada vez mais a seriedade das coisas está deixando de ser um conceito essencial neste país (também por descrédito nas instituições, por marasmo diante da repetição infinita do mesmo filme de promessas e por desconfiança nas mesmas caras que são apresentadas no panorama político).

Penso que emburreci...convivo com políticos eficientes e sacerdotais, que acreditam numa vida melhor para todos (ah, e bebem socialmente e não se expõem ao ridículo); essas pessoas sempre me ensinaram a respeitar o instituto da democracia como um instrumento até meio sagrado do livre arbítrio sim, com o único propósito de que minha escolha seja a melhor para o país (e não apenas para mim), mas uma escolha consciente e acima de tudo confiante.

Por minha conta e risco, aprendi a desconfiar de pessoas eternamente sorridentes (o sorriso é decorrente da emoção equilibrada, logo, sorriso não é máscara permanente); boazinhas (ninguém normal é bonzinho 100%); compreensíveis (ninguém normal deixa de perder o foco de vez em quando) e sempre dispostas a ajudar (caridade demais, santa desconfia).

É incrível como as sucessões políticas parecem inesgotáveis...político velho se aposenta e apresenta o filho, que por sua vez encaminha o filho e por aí vai, mas é claro que isso não é imoral, é claro que é plenamente justificável...neste país, política é tradição de família...dizem que "está no sangue".    Desta forma, se o avô era corrupto, a tradição da corrupção também deveria estar no gene, não é mesmo??? As punições (tão raras!!!) deveriam ser vitalícias e transferíveis, de acordo com o clã.

Hoje, a classe artística nacional se divide: os indivíduos ou apoiam este ou aquele candidato ou se lançam eles próprios, na grande aventura das Assembléias e do Congresso Nacional. Há de tudo um pouco...desde palhaços com imagem bem lapidadas até jogadores de futebol que conquistaram a fama de confiáveis, nos campos do mundo; passando por músicos, cantores, apresentadores de televisão, enfim, uma gama colorida e sorridente de candidatos para todos os gostos.

Olhando o plantel atual de candidatos que estão por aí, estampados nos muros da cidade, recolho-me à insignificância de uma pequena eleitora despreparada e sem opção e, na verdade, perco o gosto pelo voto, eu que sempre achei isso um ato tão bonito e importante : - (

Neste país, onde só se cumpre o que é ditado por lei (e olhe lá ainda), confesso, desiludida, desencantada e desesperançada, que vou sim, votar, cumprir o dever cívico que infelizmente se transformou em apenas isso mesmo...uma obrigação chata e oprimente. Que venha logo o 3 de outubro de 2010!