Meu Blog transformou escrever um hábito saboroso...eu sei que ultimamente tenho produzido bem pouco...é a falta de tempo e às vezes, de inspiração também. Mas, arrumar coisas legais etc, enfim interagir por este espaço tem se transformado numa tarefa agradável e de todo modo, vou aqui mostrando um pouco do meu jeito de ser e pensar. Não posto imagens de crianças, considero abusiva a exposição infantil por qualquer adulto, lembrando que elas não tem poder de consentimento para serem expostas. Continuo insistindo em selecionar o que for de meu agrado, mas espero que também seja do gosto de quem lê, acompanha o meu Bloguinho. Através do tempo, continuo sintetizando-me assim: insisto em praticar a fidelidade como princípio de vida; não sou doce, não sou submissa do mundo, sou dócil para quem eu amar e me amar também: o que acontece sem uma correspondência total e bionívoca não me atrai...prefiro emoções à matéria; não sou adepta de parcerias de coleiras, não estou em gôndolas, sou extremista e radical nas idéias; não sou deslumbrada nem deliro com impossibilidades, o que tenho me basta e me situa. Acredito no amor, sei que é o melhor presente da vida, por isso respeito quem eu amar, o amor que dou e o que recebo: para mim, submissão é sinônimo de amor sempre. Não invento alegrias falsas, sou naturalmente alegre e simples no meu jeito de viver. Neste mundo, dou-me o direito de curtir a quebradeira de um funk bom e não fico parada no batuque do samba. Uma das coisas que mais me incomoda é a falta de compromisso com tudo na vida, que muitas vezes se encontra por ai. Enfim, eis me aqui, sou assim: eu VIVO!


23 de set. de 2010

UMA CARTA QUE NÃO MANDEI...

Um dia despertei para um amor verdadeiro, cheia de espectativas...não era um sentimento padrão, nem modelo para nada, não se inspirou em nada que se chama "normal, perfeito", mas nem por isso era menos intenso, menos forte.

Em nome desse amor fiz muitas loucuras, não prestei atenção nos sinais de alerta vermelho a minha volta, não ouvi conselhos de ninguém, me privei de tantas coisas, me enquadrei, me submeti, me deixei encantar, como a mais ingênua das crianças diante de um doce diferente...teci sonhos, sonhei palavras, falei e ouvi promessas de eternidade...talvez isso seja risível para muitas pessoas, mas para mim não foi.

Meu amor era real, sensacional, inédito em meu peito, fez um grande estrago na minha cabeça e no meu coração, entretanto eu cuidei desse sentimento, como se cuida de uma plantinha: com carinho, com perseverança, com continuidade. Fui parceira, fui leal, fui fiel, fui pedra sempre fixa no mesmo chão, respeitei o elo que tínhamos, jamais extrapolei a pequena liberdade que me foi dada...enfim amei e só quem ama sabe do que estou falando...

Sem motivo, sem razão, de forma injusta, cruel e desumana, você matou esse amor, escarnecendo, mentindo, inventando, zombando, pisando, rindo dele, esquecendo qualquer compromisso que tanto fazia questão de exigir...(noto hoje que o compromisso era só meu, só eu acreditei...). Você me traiu de várias formas, traiu com requintes de crueldade a minha confiança, me humilhou como não se faz com o pior inimigo, me destratou como nunca, me descartou sem razão, apenas para não assumir os erros que sempre cometeu...meu mal talvez tenha sido apontar os erros, os seus, mas eu o fiz com propriedade e justificativa...jamais fui injusta...fui é vítima de numerosas injustiças, ofensas...enfim, descaso e desproteção.

Você matou meu amor, meu coração é só silêncio, suas batidas se completam nelas mesmas...não há mais eco nele, em resposta as do seu coração...
Não são palavras vazias: é tarde para arrependimentos. Atos sem perdão. Duas pessoas que se amam, caminham juntas na mesma fila...se uma delas se agarra com unhas e dentes no bordão "a fila anda", faz uma escolha definitiva de separação.

Não acredito mais em você e não o reconheço mais como quem eu tanto adorei...tudo o que sobrou em mim foram imensas ondas de mágoas, tão grandes, tão grandes, que sufocam qualquer sentimento bom. Então eu joguei minha esperança no vento, desejo que o tempo passe rápido e apague qualquer lembrança de minha memória, me entrego à frieza da indiferença e sigo adiante: quero paz!