Meu Blog transformou escrever um hábito saboroso...eu sei que ultimamente tenho produzido bem pouco...é a falta de tempo e às vezes, de inspiração também. Mas, arrumar coisas legais etc, enfim interagir por este espaço tem se transformado numa tarefa agradável e de todo modo, vou aqui mostrando um pouco do meu jeito de ser e pensar. Não posto imagens de crianças, considero abusiva a exposição infantil por qualquer adulto, lembrando que elas não tem poder de consentimento para serem expostas. Continuo insistindo em selecionar o que for de meu agrado, mas espero que também seja do gosto de quem lê, acompanha o meu Bloguinho. Através do tempo, continuo sintetizando-me assim: insisto em praticar a fidelidade como princípio de vida; não sou doce, não sou submissa do mundo, sou dócil para quem eu amar e me amar também: o que acontece sem uma correspondência total e bionívoca não me atrai...prefiro emoções à matéria; não sou adepta de parcerias de coleiras, não estou em gôndolas, sou extremista e radical nas idéias; não sou deslumbrada nem deliro com impossibilidades, o que tenho me basta e me situa. Acredito no amor, sei que é o melhor presente da vida, por isso respeito quem eu amar, o amor que dou e o que recebo: para mim, submissão é sinônimo de amor sempre. Não invento alegrias falsas, sou naturalmente alegre e simples no meu jeito de viver. Neste mundo, dou-me o direito de curtir a quebradeira de um funk bom e não fico parada no batuque do samba. Uma das coisas que mais me incomoda é a falta de compromisso com tudo na vida, que muitas vezes se encontra por ai. Enfim, eis me aqui, sou assim: eu VIVO!


19 de mai. de 2014

Uma obra sadomasoquista



Pela qualidade literária e pela considerável coragem com que trata o tema da submissão sexual feminina em um estilo cru e direto, o romance de Pauline Réage,  “A história de O”, se tornou um dos ícones da literatura erótica do século XX, provocando fortes reações do público e da crítica, e recebeu o prêmio de literatura erótica Les Deux-Magots, em 1955: tudo é descrito na perspectiva da heroína, cuja vida interior é retratado de uma maneira sutil, sem ser avaliada moralmente ou psicologicamente. É famosa uma cena de violação e tortura em que ela repara que os chinelos de seu amante são gastos e ela teria que, na próxima oportunidade adquirir novos. Na linguagem e estilo, a obra fica na tradição da literatura clássica francesa. Apesar da temática o livro é escrito sem palavras obscenas.

A "O", é uma fotógrafa de moda parisiense bem sucedida, uma mulher  livre e independente que se deixa levar sem resistência por seu amante René ao isolado castelo de Roissy, uma propriedade particular; no seu interior muitas mulheres são educadas para serem submissas à vontade dos homens. Lá, ela se deixa ensinar, para ser uma perfeita submissa e se torna uma escrava de René e outros homens. Como parte de seu treinamento, ela é amarrada, chicoteada e se torna sexualmente disponível  a qualquer momento  para todos.

Depois de completar sua formação, ela, como mais uma prova do amor, concorda com o pedido de René para viver temporariamente com um amigo paternal dele, Sir Stephen, e se submete incondicionalmente aos desejos desse último. Sir Stephen revela-se ainda mais dominante que René, por isso O apaixona-se por ele.  Aos poucos René se afasta e ela vai sendo apenas do Sr. Stefan que agora a submeterá aos cuidados de Marie, em sua casa. Como prova final de seu amor, ela passa por um treinamento ainda mais rigoroso, em um lugar habitado e gerenciado exclusivamente por mulheres, denominada Samois: "O" é marcada a ferro quente com as iniciais de seu novo mestre Sr. Stefan e recebe um piercing em forma de anéis na vagina, como sinal definitivo de sua submissão. Ela continua a ser submetida, por sua própria vontade e consentimento, a uma variedade de práticas sadomasoquistas. 



                                                      Música do filme A História de O